quarta-feira, maio 18, 2022

Vertigem Azul, Luc Besson, 1988

 

Se Besson teve em “Vertigem Azul” (1988) o seu projeto mais pessoal foi por, aos 17 anos, ter sofrido um acidente num episódio de mergulho, que o impediu de voltar a praticar essa atividade para o resto da vida. E porque passara a infância a acompanhar os pais nas suas viagens pelas costas da Grécia e da ex-Jugoslávia de que lhe ficaram as imagens da mãe rodeada de golfinhos. Foi, aliás, na ilha grega de Amogos, que quase todo o filme foi rodado.

A histórica rivalidade entre os mergulhadores Jacques Mayol e Enzo Molinari para definir qual conseguiria ultrapassar em apneia os cem metros de profundidade, serviu-lhe para explorar essas profundezas em que o azul deixa de existir e o céu converte-se numa distante recordação.

Nunca mais Besson conseguiu obra tão impressiva que, a esta distância, continua a ser fascinante.

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