sexta-feira, agosto 16, 2019

(P) Orfeu nos Infernos


Amanhã à noite, pouco depois das nove e meia da noite, o canal ARTE vai apresentar «Orfeu nos Infernos» a partir de Salzburgo, donde será transmitida com poucos minutos de diferimento.
A opereta começa quando a relação entre Orfeu e Eurídice está num ponto crítico já que ele anda interessado numa ninfa e ela no jovem Aristeu. Mas, porque não gosta de dar matéria para a má-língua, Euridice opõe-se categoricamente ao divórcio. É esse o tema da obra de Jacques Offenbach, de quem se comemora o bicentenário do nascimento, tendo o célebre festival austríaco optado por escolhê-la para a ocasião.
Aquando da estreia parisiense, em 1858, «Orfeu nos Infernos» não suscitou grandes entusiasmos, tendo sido necessária a crítica num dos principais jornais para que o público mostrasse maior interesse. Servindo-se de um libreto de Crémieux/Halévy, Offenbach criou um conjunto de grandes árias fáceis de entrar na memória coletiva.
A expetativa não reside tanto na excelência do desempenho da Orquestra Filarmónica de Viena, sob a direção de Enrique Mazzola, ou no elenco liderado por Joel Prieto em Orfeu e Kathryn Lewek em Euridice, mas na encenação do sempre inventivo Barrie Kosky, conhecido pela inventividade que costuma aplicar em todos os seus trabalhos de encenador.

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