A população da Terra refugiou-se no espaço, quando a fome, as doenças e a guerra impossibilitaram que ali permanecesse.
Passados muitos anos uma missão arqueológica, constituída por três astronautas, é enviada de volta, não só para recolher dados sobre esse longínquo passado, mas sobretudo para identificar a causa de um sinal dela emitido regularmente.
Avançando pelo largo espaço do antigo aeroporto donde provinham os desconhecidos alertas, dão com um sobrevivente, Nuri, que, inexplicavelmente, ganhara o dom da eterna juventude e da imortalidade. O sinal por ele enviado fora uma espécie de variação do escutado num velho filme: «Encontros Imediatos do Terceiro Grau».
Nuri revela-se um inesgotável repositório de memórias, que os três astronautas recolhem para o seu trabalho de arqueólogos. Quando constatam esgotado o muito que ele tinha para lhes contar, despedem-se e voltam a partir, devolvendo-o à insuportável solidão.
Há, porém, um pormenor das filmagens, que explica o principal motivo do projeto do realizador: a rodagem ocorreu num antigo campo de refugiados dentro de um aeroporto abandonado perto da capital grega. Os bens pessoais dos que ali haviam estado serviram de adereços a Zois para complementarem a ambiência em que tudo acontece. Entre o desenraizamento do sobrevivente da história de ficção científica e a realidade dos que, atualmente, procuram salvação na Europa, as similitudes são flagrantes, denunciando o carácter intemporal do problema.
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