sábado, agosto 17, 2019

(DIM) Boas Vibrações na Inglaterra vitoriana


Sendo o verão uma época propícia a propostas mais aligeiradas vale a pena resgatar da memória uma comédia romântica estreada há oito anos e em que o tema era o da invenção do vibrador genital feminino.
Passada na época vitoriana «Boas Vibrações» abordava a invenção do médico Joseph Mortimer Granville que, em 1883, imaginou um dispositivo destinado a aliviar as dores musculares dos seus clientes masculinos. As do sexo feminino não tinham acesso ao seu consultório, porque execrava aquilo que considerava os caprichos histéricos das mulheres. Não imaginava ele que a sua máquina ganharia outras aplicações que não as por ele prescritas. 
Tal qual a trata o argumento de Stephen Dyer, Jonah Lisa Dyer e Howard Gensler a narrativa conhece uma variante mais divertida no filme : Granville é contratado como assistente do Dr. Dalrymple que, contra a opinião da filha, uma feminista militante, especializou-se no que designou como histeria feminina. E para a qual tem uma solução revolucionária: masturbar as queixosas.
Grainville aplica-se com denodo na aplicação da receita miraculosa, mas não tarda a sentir dolorosas cãibras na mão. Eis o estímulo para dedicar-se a tão prodigiosa invenção.
A partir de tão mirabolante alternativa a realizadora Tanya Wexler criou um filme muito britânico em que a sufragista interpretada pela inevitável Maggie Gyllenhaal arrepela os nervos à conservadora sociedade do seu tempo. E a ela se juntam Hugh Dancy, Jonathan Pryce, Rupert Everett ou Felicity Jones, que contribuem para um agradável divertimento estival.

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