Enquanto fez parte da República Democrática Alemã, Chemnitz teve por nome Karl-Marx-Stadt, e dessa época conservou uma enorme estátua na sua praça central, tendo a cabeça do filósofo como motivo temático.
Paradoxalmente, foi junto a esse monumento, que a extrema-direita convocou mediáticas manifestações no verão passado, na sequência da morte de um alemão, alegadamente perpetrada por dois refugiados, um sírio e outro iraquiano.
Veio, então, ao de cima a realidade de um estado leste alemão em estado de catástrofe social por fecho acelerado das indústrias, que costumavam dar emprego à grande maioria de quem ali habita. Contrariando a ideia de, antes da queda do muro, ter havido um proletariado instruído nessa Saxónia, terá sido nesse envelhecido estrato social, que os nazi-fascistas terão encontrado apoiantes.
Agora, e cientes de ser a cultura a resposta mais efetiva para contrariar o avanço de ideias extremistas nos seus concidadãos, as autoridades locais pretendem candidatar-se a uma das próximas Capitais Europeias, na expetativa de lhes serem garantidos os apoios e os estímulos para contrariarem a aposta dos xenófobos no analfabetismo funcional dos que conseguem atrair às suas estratégias.
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