São muitas as possibilidades de acontecerem grandes desastres naturais capazes de condicionarem seriamente a já muito ameaçada qualidade de vida na Terra.
Um deles pode acontecer no supervulcão, que se esconde debaixo do Parque de Yellowstone, particularmente conhecido pelo seu geiser, o Old Faithful, que dá prova de vida todos os noventa minutos. E não é o único, porque existem mais de mil outros em toda a extensão dessa área protegida, sem contar com as muitas outras fumarolas, que nela se distribuem irregularmente.
A diferença entre os geiseres e essas outras manifestações termais tem a ver com o facto de possuírem uma câmara com água, que vai aquecendo o bastante para se projetar pelo tubo de comunicação para a superfície e semelhante na essência a um canhão.
A maioria dos quatro milhões de visitantes anuais do Parque não se dá conta de estarem na tampa de uma panela de pressão, que poderá rebentar num futuro ainda imprevisível para os cientistas, mas mais do que provável, porque o calor e a pressão do magma medido nas duas câmaras situadas no subsolo têm estado a aumentar.
A acontecer uma tal superexplosão não será inédita: há 640 milhões de anos ela já ocorreu e causou uma cratera com 68 quilómetros de diâmetro, hoje só percetível a partir do espaço, mas suficientemente grande para nela caber toda a cidade de Nova Iorque.
Para que ocorra essa tal superexplosão só é necessário um ponto fraco a partir do qual se crie um efeito em cadeia de toda a energia potencial acumulada. Calculada com um potencial equivalente a 140 vezes a explosão do Krakatoa do final do século XIX (quando a onda de choque deu sete voltas ao planeta), ela seria bastante para criar uma nuvem de cinzas com 40 quilómetros de altitude, inibindo-se o aquecimento solar durante muitas semanas, o bastante para causar um súbito arrefecimento global. Os efeitos na produção agrícola seriam devastadores e seriam acompanhados de muitos outros, que ainda estão por identificar na sua complexa plenitude.
Sem comentários:
Enviar um comentário