Nos contrafortes dos Himalaias os Mossos reinventam as relações amorosas e o papel das mulheres nas sociedades ditas tradicionais, de acordo com um reportagem agora publicada no «Libération Voyages».
Segundo Pierre de Vallombreuse, que os andou a visitar, a mulher é quem dá o nome à descendência sendo o homem albergado em casa dos sogros. A educação dos filhos não é confiada ao pai, mas ao tio materno. E é a mulher quem tudo possui: os bens, o dinheiro e a casa.
Um provérbio deste povo diz que o homem é como a água da chuva na erva, porque pouco importa quem a rega, o que conta é a mulher que é regada.
Os hábitos sexuais também espantaram os ocidentais: quando uma rapariga chega à adolescência costuma-se-lhe dar um quarto no rés-do-chão para que possa aí receber os amantes. Quando um par de jovens são do agrado um do outro apertam a mão ao mesmo tempo que fazem cócegas na palma, o que significa que um espera o outro nessa mesma noite.
Estes costumes já surpreendiam os chineses que, a propósito das mulheres mossos costumavam dizer que elas copulam desabridamente e sem nuca se casarem.
Hoje todas estar tradições estão a converter-se numa espécie de folclore com fluxos de turistas a ir visitá-los para darem largas ao seu voyeurismo lúbrico. O próprio Vallombreuse conta ter vivido uma situação delicada depois de um funeral quando no albergue local viu as mulheres nele envolvidas a comerem e a beberem, optando por vencer a tristeza escolhendo homens para levar para os quartos do primeiro andar.
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