Nas várias vezes que estive em Londres nunca encontrei o famoso smog, que tanto se associou a ela durante décadas. Pelo contrário, em vez de uma cidade enevoada com os sintomas evidentes de ar poluído, como testemunhei no verão ateniense, Londres quase sempre me garantiu céus limpos e frequentemente azuis.
Mas ainda continua viva no imaginário coletivo a memória do Grande Nevoeiro de 4 de dezembro de 1952, quando um inverno particularmente frio, fez disparar o consumo de um carvão de má qualidade, quer nos lares, quer nas centrais a carvão. A visibilidade complicou-se ao ponto de pararem os transportes públicos e os espetáculos desportivos, enquanto os hospitais ficavam congestionados com multidões afetadas com problemas respiratórios.
O fenómeno durou cinco dias e causou 12 mil mortes. Numa Inglaterra que acabara de ver Isabel II suceder ao pai, tornou-se imperiosa a necessidade de criar as primeiras leis de proteção do ambiente.
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