O filme que passa às 19 horas desta terça-feira na Cinemateca é de visão obrigatória.
Muito embora não corresponda ao tipo de temática, que Ozu abordou preferencialmente na sua fase crepuscular - a dissolução da família - «Bom Dia» merece a deslocação para assistir à forma como ele trata uma crise familiar, quando uns miúdos fazem greve de silêncio por causa da recusa dos pais em comprarem-lhes uma televisão.
Datado de 1959, fala sobretudo da mudança inevitável, que tanto transforma o quotidiano dos que tentam obstar-lhe, recorrendo Ozu ao seu peculiar tipo de enquadramentos feitos de diálogos diretamente para a câmara situada ao nível do olhar do ator e tomando o lugar do interlocutor com quem supostamente ele dialoga.
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