Abril anuncia-se como um mês de muitos acontecimentos culturais, que bastarão para nos suscitarem momentos de inequívoca fruição.
Agora que vasco graça moura já não polui os corredores do CCB talvez já se justifique voltar aos Dias da Música - por muito que continue a ser a versão pobretanas da matriz original (a de Rémi Martin). E, por essa mesma altura também teremos o Festival Indie, onde se poderão ver alguns dos filmes mais interessantes, que passam pelos ecrãs nacionais.
Mas até lá contamos com a retrospetiva dedicada a Rossellini, atualmente em curso no cinema Nimas.
É pena que não corresponda a um projeto mais ambicioso pelo qual tivéssemos acesso a títulos menos conhecidos - nomeadamente os que rodou no período fascista e os produzidos para televisão. Mas reviver as emoções suscitadas por «Roma, Cidade Aberta», reencontrar a Alemanha em ruínas do pós-guerra, subir ao Stromboli com Ingrid Bergman, ou acompanhar-lhe a desilusão amorosa na sua Viagem por Itália, serão quatro propostas irrecusáveis. Como o será assistir de novo a essa inolvidável interpretação de Anna Magnani no monólogo da «Voz Humana» de Cocteau.
Sobram ainda mais cinco filmes, que não constituiriam uma primeira escolha perante os atrás referidos, mas todos eles com a marca da maestria de um dos mais emblemáticos criadores da cinematografia italiana do pós-guerra.
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