Composto em 1830, durante uma viagem de Felix Mendelssohn pela Escócia, o poema sinfónico «As Hébridas» evoca o mar revolto das ilhas e a célebre gruta de Fingal.
Temos momentos de acalmia, mas logo a orquestra conjuga os vários naipes para sugerir a força das águas a rebentarem nas rochas das praias. Até se atingir o paroxismo de um momento dramático como se algo de terrível ameaçasse acontecer. Logo regressando a bonança pontuada pelo diálogo dos oboés com as cordas.
Mendelssohn dá expressão musical à pequenez dos homens face à fúria das tempestades, na demonstração eloquente do espirito do “sturm und drang” romântico.
Sir John Elliot Gardiner dirige aqui a London Symphony Orchestra num memorável concerto no Barbican Hall em Londres, que decorreu em em 21 de janeiro do ano passado e se iniciou com esta peça prosseguindo depois com Maria João Pires como solista a interpretar o Piano Concert de Schumann (op. 54).
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