Numa altura em que a versão cinematográfica das Cinquenta Sombras de Grey faz (injustificado) furor, este documentário procura desvendar os fantasmas sexuais, com as suas encenações imaginárias presentes no imaginário humano, com o contributo da arte e dos artistas.
Mas, como de costume, a ideia de abordar temas tabus constitui em si uma tentação, que se esbate no seu resultado meramente ilustrativo.
Ficam por responder questões como: porque temos fantasmas sexuais? Que interligação existe entre as transformações de valores e esse imaginário? Como conciliar fantasmas distintos nos dois parceiros de uma ligação? Consoante o género que tipo de fantasmas se revelam mais frequentes?
Em Paris e em Barcelona, Jean-Marc Barr e Sergi Lopez contam os seus devaneios ao mesmo tempo, que evocam filmes onde foram atores e, ao mesmo tempo, objetos de fantasmas alheios: «Chroniques sexuelles d’une famille d’aujourd’hui», realizado por Barr ou «Une liaison pornographique» protagonizado por Lopez.
Roy Stuart, o mestre americano do erotismo, abre as portas do Studio A onde filmou e fotografou durante trinta anos as insolentes beldades, que catalisam os fantasmas no orgasmo.
Nino Antico, artista de banda desenhada, fala do seu álbum «Coney Island Baby», de 2010, em que cruza os destinos de Linda Lovelace, da pin up Betty Page e de Hugh Heffner, o dono da «Playboy».
A estilista japonesa Atsuko Kudo - cujas criações já vestiram Rihanna, Beyoncé e Lady Gaga - costuma abanar as passerelles de Londres e de paris com os seus desfiles de moda baseada no uso intensivo do latex.
O realizador Jean Jacques Annaud revela-nos as cenas de bastidores da rodagem de «O Nome da Rosa».
A alemã Petra Joy, pioneira do porno feminista, explica-nos como reinventou o cinema X através do recurso aos fantasmas.
A escritora americana Sylvia Day descreve com humor as cenas mais impressivas da sua trilogia «Crossfire», que já foi publicada em 39 países.
Em resumo são cinquenta e dois minutos de imagens e raros testemunhos sobre o imaginário sexual.
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