Porque gosto muito dos livros de Philip Roth. Porque há muito que admiro Al Pacino como autor e imagino a credibilidade do personagem por ele aqui interpretada. Porque Barry Levinson já assinou filmes meritórios em número suficiente para acreditar na competência com que concretiza este. Porque ainda há que contar com Dianne Wiest num papel secundário.
Em suma todas essas são razões bastantes para aguardar com expectativa a chegada de «Humilhação», o filme baseado no romance homónimo de Philip Roth, o penúltimo antes dele anunciar o abandono do labor criativo.
A história gira em torno de Simon Axler, um bem sucedido ator de teatro a quem a degenerescência da velhice provoca uma depressão e uma tentativa de suicídio. E a hipótese de redenção nos braços da filha lésbica de um casal de amigos com quem trabalhara em tempos e agora assustados com uma relação amorosa tão contranatura.
Pelo meio encontraremos Axler a querer ostensivamente negar-se nesse envelhecimento, através de papéis para os quais a sua figura é pateticamente desadequada.
Adivinho em «The Humbling» um dos filmes que mais prazer me darão ver em 2015.
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