Assumido fã do policial nórdico (sobretudo de Henning Mankell) tenho prevista para breve a descoberta dos romances do islandês Arnaldur Indridason, que acaba de lançar em França a prequela dos títulos já dedicados ao inspetor Erlendur Sveinsson.
Em «Les Nuits de Reykjavik» ir-se-á perceber melhor a obsessão de Erlandur pelo esclarecimento dos crimes: tudo decorre de um trauma de infância, quando o irmão mais novo desaparecera durante uma tempestade de neve de que ele se salvara in extremis.
Doravante Erlandur será um inconsolável sem lágrimas, um enlutado ambulante, que rejeita a possibilidade de uma qualquer morte ficar sem explicação. Os seus casos são autênticas missões de redenção por muito obscura que seja a vítima. É o caso aqui do vagabundo Hannibal, cujo cadáver fora encontrado num pântano por um bando de miúdos.
Embora pressionado para aceitar a tese de suicídio, ele não esquece que dias antes a vítima tinha-se queixado de terem tentado incendiar-lhe o abrigo. E, quando tudo parece associar-se ao desaparecimento de uma mulher depois de fazer uma noitada num bar com os colegas, o inspetor está preparado para ir mais além do que o sugerem as aparências.
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