No ano passado, «E Agora Lembra-me» foi um dos melhores filmes que vi. Retratando-se, os realizadores construíram-no como o diário filmado dos seus dias, seriamente condicionados pelos tratamentos para a doença de um deles que os obrigavam a frequentes deslocações a Madrid.
Mais do que um documentário, o filme partia das experiências de vida para questionar algumas das nossas inquietações metafísicas, nomeadamente as que têm a ver com a vida e a morte.
Antes de regressarem ao Continente, Joaquim Pinto e Nuno Leonel viveram alguns anos nos Açores e aí foram rodando horas significativas de imagens sobre a vida da comunidade piscatória de Rabo de Peixe.
Embora esse material já tivesse sido objeto de uma montagem então apresentada na RTP, os autores voltaram a retrabalhá-lo, de forma a dar-lhe a dimensão de uma longa-metragem.
Agora apresentado na Berlinale o filme foi objeto de críticas entusiasmadas de alguns dos que o puderam ver nessa nova roupagem. Estou convicto de que será um dos melhores filmes, que teremos disponíveis em 2015.
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