O regresso de John Oliver, com o «Last Week Tonight» já tardava e só se lamenta que o alcance da emissão fique cingido aos assinantes do canal por cabo HBO, porque bem seria necessário torná-lo de visão obrigatória para a generalidade dos norte-americanos, e muito especialmente para os apoiantes de Trump.
Recorrendo ao humor inteligente aproveita a meia hora do programa para desancar forte e feio no inquilino da Casa Branca, denunciando-lhe a ignorância e a arrogância. Aliás uma das constatações é o quão incongruente fica a junção de duas palavras: Trump e Presidente.
Rumores criados em blogues de extrema-direita e em programas de «cães danados», para os quais a realidade é a que cria nas mentes doentias e não a derivada dos factos, são transformados em «verdades» assumidas como incontestáveis por quem neles quer acreditar - Trump em primeiro lugar e os seus apoiantes por arrasto.
A denúncia de tudo quanto tem acontecido nestas primeiras semanas de mandato justifica o sério apelo do apresentador no seu desenlace: tidos pela nova Administração como inimigos de estimação, os meios de comunicação social e os animadores das redes sociais deverão fazer o seu trabalho com seriedade e determinação para contestar todas as mentiras assimiladas pela Casa Branca e dela difundidas, revelando obstinadamente o seu desvio em relação às constatações factuais.
O apelo de Oliver faz tanto sentido nos Estados Unidos como aqui em Portugal, onde os meios de comunicação estão trumpizados na oposição ao governo e empolam todos os rumores e mentiras provenientes das direitas para que ganhem dimensão injustificada, a suficiente para encobrir com uma cortina de fumo os notáveis resultados económicos conseguidos neste último ano.
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