terça-feira, setembro 29, 2020

(DIM) Tom Jones, Tony Richardson, 1963

 


Albert Finney e Susannah York eram tão jovens quando protagonizaram esta versão do romance de Henry Fielding, transformado em argumento cinematográfico por John Osborne e a que Tony Richardson deu trepidante ritmo.

Tendo nascido bastardo, e apesar do inegável sucesso conseguido junto das mulheres com que priva, Tom Jones nunca conseguirá apanhar o ambicionado elevador social. Mesmo sabendo ser bravo ou cobarde, quando melhor lhe convém, ou intrépido e provocador ao sentir os ventos de feição. O que se lhe depara é uma sociedade esclerosada em que os nobres tudo fazem para manterem aferrolhada a fortaleza donde só saem para as apreciadas caçadas com galgos. Pouca sorte terá o arrojado protagonista, quando pretende levar mais a sério a relação com a bem nascida Sophie Western, tanto mais que a inveja dos que lhe são próximos mais lhe dificultará o intento.

Expulso da casa onde nascera logo na primeira parte do filme, Tom Jones passará a vida na permanente condição de presa de quem tudo fará para caçá-lo.  Para o demonstrar Richardson soube tirar a poeira ao romance clássico acelerando a montagem para tornar rocambolesco todo o ritmo do filme que ficou para o cinema britânico dos sixties como um dos seus mais bem sucedidos títulos. 

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