Uma investigadora publica um estudo sobre a simultaneidade entre as pinturas rupestres da ilha de Bornéu, datadas de há 40 mil anos, e as da Gruta de Chauvet, em França, com 36 mil anos, e logo há quem se insurja com a audácia da teoria com um dos argumentos mais falaciosos, que vi numa revista científica nos últimos anos: que os quatro mil anos de distância entre os vestígios encontrados nos dois lados equivalem aos que separam a construção das pirâmides do Egito com as viagens à Lua, rejeitando-se essa aludida simultaneidade.
Para além de não atender aos desvios admissíveis quando se procede á datação por carbono, o contestatário esquece-se de um fator hoje percecionado pelo nosso juízo se quisermos nele investir alguma sensatez: que o tempo tem-se acelerado exponencialmente não se podendo comparar o seu decurso na mais remota Antiguidade com o que sucede na contemporaneidade.
Como diziam os gregos antigos, há mesmo gente para tudo, até para replicarem o que se consideraria tacitamente consensual.
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