sexta-feira, julho 05, 2019

(C) As mudanças em curso na Antártica


É certo que os petréis, com a notável capacidade olfativa que lhes permite detetar comida a grandes distâncias, poderão revelar capacidade adaptativa às mudanças climáticas, responsáveis por lhes alterarem as condições de vida nas terras antárticas em que nidificam.
Será possível que as focas consigam igual êxito com a impressionante resistência em manterem-se uma hora em apneia debaixo de água, porventura o tempo suficiente para se alimentarem convenientemente e virem dormir a sesta ao sol, que brilhe sobre a remanescente superfície gelada do grande oceano austral.
Pior parece ser o destino dos pinguins imperadores, que vêm conhecendo desastrosos estios nalgumas das suas mais representativas colónias com a quase total mortalidade das suas novas crias, vitimadas pela fome por se terem alterado as distâncias entre os locais em que nascem e aqueles em que os progenitores são obrigados a procurar alimento.
Enquanto a comunidade internacional tarda em implementar as medidas necessárias para travar o aquecimento global vão-se tornando mais frequentes os sinais das tragédias a que se veem condenadas a fauna e a flora dos diversos continentes e oceanos.

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