Amanhã, na sua sessão da tarde, a Cinemateca oferece-nos mais um belíssimo filme de Ermanno Olmi: «A Árvore dos Tamancos». Estreado há quarenta anos constitui uma viagem ao passado para mostrar o quotidiano de cinco famílias de rendeiros de uma grande propriedade rural da região de Bérgamo nos finais do século XIX.
Olmi alegou ter-se inspirado nas histórias contadas por uma sua avó, e através das quais quis mostrar o trabalho, as alegrias e tristezas, as injustiças e a resignação de quem viveu essa época.
Com quase três horas de duração e falado no dialeto local o filme foi premiado em Cannes com a Palma de Ouro. O júri foi convencido pela sua beleza estética e pelo lado etnológico de uma narrativa tão lenta quanto deveriam então parecer os dias aos que não eram, ainda tentados pela ilusória proletarização nas grandes cidades ou pela aventura da emigração para as Américas.
Sem comentários:
Enviar um comentário