Em 1955 Nicholas Ray assinou um dos filmes, que mais contribuiu para a criação do mito em torno de James Dean: «Fúria de Viver».
Aqueles que viram esse filme nunca mais esqueceram a cena em que Natalie Wood dava o sinal de partida para uma corrida entre dois carros, ganhando aquele que chegasse primeiro e ficasse o mais perto possível de um precipício? O título em inglês era mais feliz do que a sua tradução portuguesa e passou a designar um tipo de irreverência inócua, por não ter qualquer orientação para um objetivo associado ao bem comum: Rebelde sem Causa.
Pode-se dizer que é essa a melhor caracterização para o antigo fuzileiro inglês Stephen Gough que, aos 53 anos, passa o tempo a percorrer as estradas inglesas apenas adornado com a mochila e as botas.
Sujeita-se, é claro!, a múltiplas queixas por ofensas à pouco divertida moral vitoriana dos seus compatriotas de hoje. Mas o mais engraçado terá sido a sua mais recente ida a tribunal quando o juiz, igualmente ridículo com a cabeleira e o trajar vindos de outros tempos ainda em vigor na terra de Sua Majestade, decidiu interrogar o réu por teleconferência para não se confrontar com a sua afrontosa nudez, já que nada o convence a pôr em cima da pele qualquer vestimenta.
Mas, infringindo outra regra da Justiça britânica, a ordem foi para ele não se levantar da cadeira à entrada daquele que o iria julgar. Escondido por trás de uma mesa, Gough não teve a satisfação de ofender o juíz com as suas “indecências”.
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