Curioso, no mínimo, o artigo da revista «The Economist» que chegou a uma conclusão assaz complicada: enquanto nos países menos desenvolvidos, os homens mantém a dominação tradicional sobre as mulheres, mesmo quando são elas a assegurar grande parte dos rendimentos familiares, na sociedade ocidental está a verificar-se uma progressiva supremacia feminina em todos os campos de atividade onde possa concorrer com a ambição masculina.
Resultado: os homens têm maior probabilidade de se verem condenados ao desemprego, à prisão e, até, ao suicídio.
Daí que a revista preferida pelos ideólogos da direita mais sofisticada avance com a necessidade de se tomarem medidas políticas de apoio em seu favor. Não seria despiciendo ponderar na probabilidade de, a exemplo das quotas defendidas durante muito tempo para assegurar uma discriminação positiva em favor de certos grupos sociais (mulheres, negros, deficientes, etc.) as sociedades do futuro se vissem condenadas a garantir uma maior representatividade dos pouco competitivos homens nas atividades económicas.
Convenhamos que se trata de uma interpretação falaciosa de dados trabalhados de forma a suportarem uma tese pré-estabelecida.
Numa sociedade onde a igualdade seja um valor por todos respeitado - e esse não é o caso das sociedades capitalistas por que continuam a suspirar os escribas do «The Economist» - homens e mulheres tenderão a assumir idiossincrasias muito distintas das atuais, onde ainda são tão relevantes os fatores inerentes a uma matriz judaico-cristã.
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