Os meus olhos já visitaram muitos milhares de páginas escritas por autores de todas as proveniências, estilos e épocas. Conhecendo muitos, faltam-me conhecer muitos mais, o que constitui pensamento assaz inquietante já que tenho a ampulheta definidora do tempo de vida bastante mais preenchida na parte debaixo do que na de cima.
Só nos últimos anos é que o nome de James Salter me captou a atenção como um dos que deveria priorizar na ordem dos que ainda me faltam conhecer. François Busnel, seu entusiástico defensor, referenciava-o, amiúde, no programa «La Grande Librairie» chegando a ir procura-lo à sua casa de Long Island.
Foi, igualmente aí que uma jornalista do «Público» o entrevistou recentemente, encontrando-o em plena leitura do 1º dos volumes de Proust sobre a procura do tempo perdido.
Ora a volumosa obra do apreciador das “petites madeleines” já é o meu compromisso de leitor, quando, em breve chegar aos 60 anos. Altura em que, ainda mais fará sentido, “tudo o que conta”, por sinal o único título de Salter publicado em Portugal...
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