Em abril de 2014 o grupo islâmico Boko Haram raptou 276 alunas do liceu de Chibok, tendo negociado a libertação de 103 em 2017. As realizadoras foram à procura delas no refugio de Abuja onde andam a reinventarem-se. A autorização era para filmá-las durante uma semana e sem que elas pudessem revelar o que quer que fosse sobre as vicissitudes do cativeiro, sob o argumento de não prejudicarem as que estão por resgatar. As realizadoras conseguiram prolongar o contacto com algumas delas nos meses seguintes, chegando a acompanhá-las na primeira visita às respetivas famílias, que não viam há três anos. Apesar de convidadas a regressarem a esse ambiente original todas decidiram aproveitar a possibilidade de prosseguirem os estudos na universidade americana da capital nigeriana, fiadas num futuro que passa pela sua elevada formação académica.
Em paralelo o filme também revela as dificuldades de outra rapariga, Habida, que conseguiu escapar dos raptores, trazendo o filho germinado durante a provação e descobrindo-se seropositiva. O que mais lhe custa é, porém, o ostracismo a que se vê sujeita: essas fugitivas são vistas com desconfiança, por quem as suspeita radicalizadas e prontas a fazerem-se matar em atentados-suicidas.
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