quinta-feira, novembro 08, 2018

(DIM) Viver sempre para quê?


Ao princípio da noite o canal franco-alemão ARTE emite os dois primeiros episódios dos seis que compõem a série «Ad Vitam», concebida e realizada por Thomas Calley, e que tem Yvon Attal e Garence Marillier como protagonistas. Hanna Schygulla também por lá anda num dos papéis importantes dessa história de ficção científica, passada num tempo em que a humanidade conseguiu vencer a morte, através de soluções médicas capazes de fazerem perdurar os corpos muito para além do que são os seus limites atuais.
Quando se preparam os festejos para comemorar o 169º aniversário da mulher mais velha dessa sociedade, o polícia Darius fica incumbido de esclarecer o motivo porque alguns jovens terão optado por um pacto coletivo de suicídio. Não era a imortalidade a ambição mais acarinhada por quem via no envelhecimento e na morte  o motivo para grandes angústias existenciais? Então qual a razão para, num submundo clandestino, crescer a pulsão para regressar-se ao ciclo natural de nascer-se, crescer-se, envelhecer-se e morrer-se?
Acompanhado de uma rapariga, que lhe poderá servir de ponte para melhor compreender a idiossincrasia desses seus companheiros de geração, Darius irá questionar-se sobre algumas das ideias feitas em si cristalizadas nos 119 anos, que já levava de existência. Sobretudo encontrar resposta para uma questão essencial: viver sempre para quê?


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