No ano passado o canal franco-alemão ARTE convidou vários cineastas a rodarem alguns filmes sobre a temática dos campos de refugiados. «Le camp de Breidjing» é o derradeiro título a ser apresentado, após já termos visto os de Régis Wargnier no Nepal, de Pierre Scholler no Iraque e de Agnés Merlet no Líbano.
Realizado por Claire Denis, que para tal foi passar umas semanas ao Chade, este último documentário aborda as dificuldades das populações do Darfur ali refugiadas para escaparem às mortes e às violações das milícias a soldo do regime sudanês.
Dando o microfone a dezenas de rostos, que contam as suas inquietações e sofrimentos, a realizadora constrói um projeto impressionante de cerca de 50 minutos. Há escolas encerradas por se repudiar a aplicação do programa escolar chadiano em vez do sudanês, má nutrição generalizada devido à redução dos apoios das ONG’s e a tentativa diária de tudo fazer para sobreviver por mais algum tempo.
Perante tantas dificuldades como contrariar as tentativas de muitos africanos em procurarem deste lado do Mediterrâneo as condições de sobrevivência, que deixaram de existir nas terras, que julgavam suas?
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