Pela mão de Patrícia Carvalho o «Público» está a ouvir os testemunhos dos antigos prisioneiros dos cárceres de Peniche, de Caxias e do Aljube, já não sendo muitos os que ainda se mantêm vivos. Daí a urgência de lhes recolher as memórias por muito que, nestes quarenta e quatro anos de Democracia, eles tenham-no feito em múltiplas ocasiões. Para que não se esqueça a violência com que foram torturados, as humilhações a que os submeteram, se não mesmo as chantagens mais torpes.
Numa altura em que uns tenebrosos zombies salazarentos saem das catacumbas para voltarem a intimidar quem os quer ver definitivamente enterrados nas calendas da História, importa recordar o que eles representam, não merecendo ter direito a nenhumas das liberdades, que tanto gostariam de sonegar a todos os demais.
Não trazendo novidades de monta em relação ao que os mais interessados no tema foram vendo, ouvindo e lendo nas últimas décadas, o trabalho da jornalista merece elogios pelo que de proveitoso pode comportar para gerações mais novas.
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