domingo, dezembro 30, 2018

(DIM) Agnès Varda em janeiro na Cinemateca Francesa


A Cinemateca francesa promove uma grande retrospetiva da obra fotográfica e cinematográfica de Agnès Varda, realizadora muito do nosso agrado. E uma sagaz intérprete das linhas gerais da sua obra enfatiza as múltiplas leituras propiciadas pelos seus filmes, quase sempre concebidos com exíguos recursos. Brigitte Roisset afiança que ter-lhe-á servido de lição a forma precária como se iniciou na sétima arte sem lhe conhecer mais do que uns rudimentos, contrariamente ao que sucedia com os seus companheiros da Nouvelle Vague.. Terá sido a sua inexperiência e falta de conhecimentos, que lhe possibilitariam, desde início, a capacidade de inovar e de tudo inventar. E, de facto, basta recordar «OS Respigadores e a Respigadora» ou »As Praias de Agnès» para compreender como, até à fase crepuscular da sua filmografia, sempre lhe importou bem mais o conteúdo do que os meios investidos para o explicitar. Sem que aquele saísse minimamente beliscado.

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