Apesar de «Por Favor Não me Morda o Pescoço», «Chinatown» ou «Frantic» serem três filmes de que muito gostei, Roman Polanski nunca foi realizador, que me suscitasse grande simpatia. Independentemente da razão, que lhe atribuo no caso de abuso sexual de que foi acusado nos EUA e pelo qual passou por vicissitudes inacreditáveis nos anos mais recentes.
Este documentário de hora e meia procura dar-nos as chaves interpretativas do seu cinema e trabalho criativo através da respetiva biografia.
Construído a partir de uma longa entrevista entre Polanki e Andrew Braunsberg, que lhe produzira «MacBeth» e «O Inquilino», o projeto evoca a infância no gueto de Cracóvia, os primeiros filmes na Polónia comunista, a carreira em vários países europeus e nos EUA, incluindo o assassinato de Sharon Tate e a controvérsia em torno da sua prisão em 1977 culminando nos anos mais recentes, vividos em França com a mulher, Emmanuelle Seigner.
Essas conversas foram registadas no chalé suíço de Gstaad, quando estava em prisão domiciliária, e aguardava o resultado do pedido de extradição para os EUA.
Como de costume as conversas são entrecortadas com extratos dos filmes, imagens de arquivo, títulos de jornais e fotografias inéditas, que ilustram mais aprofundadamente a vida do cineasta.
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