Perante a sucessão de crimes perpetrados pelos mesmo psicopata junto de algumas famílias abastadas da sociedade norte-americana, o psiquiatra do FBI Frank Clevenger, vê a investigação prejudicada por dois condicionalismos pessoais: a amante, Whitney, só o aceitará se deixar de beber e se resolver os problemas suscitados pelo filho adotivo, Billy. Ora, este não parece ser resgatável da deriva, que o empurra para a delinquência: depois de sair da prisão devido a acusações de violência doméstica contra a rapariga de quem tivera um filho, vai juntar-se a um gangue para o qual participa em combates ilegais.
Anda Frank distraído com os problemas pessoais e já West Crosse está a dissecar o pescoço de outra das suas vítimas: Heather Rawlings, atraída ao seu laboratório a pretexto de lhe mostrar o que projetara para a casa no Montana, que ela nunca chegaria a habitar.
Quando o corpo apareceu a flutuar no Lago Michigan, amarrado a uma cruz, Frank vai dar a notícia ao viúvo, e como constatara com os familiares das vítimas anteriores, também ele não se mostra particularmente desgostoso com o que sucedera a Heather.
É contudo nessa visita, que lhe chama a atenção a maquete da construção da casa que o casal estava prestes a iniciar no Montana. E, sem saber porquê, Frank sente abrir-se uma porta para a descoberta da solução do caso.
O problema é que Crosse já está um passo a frente na seleção da sua próxima vítima: a filha retardada do presidente Buckley para quem está a projetar a extensão da Ala Oriental da Casa Branca: “uma filha de dezassete anos, atrasada, solteira e grávida com o filho de um homem atrasado: uma afronta à Natureza e uma sempre crescente ameaça à posição do Presidente no país e no mundo”. (pág.170). Um Presidente que, a exemplo de george w. bush, que lhe serve notoriamente de modelo, sempre tomara posições firmes contra a distribuição de preservativos, contra a educação sexual e inadequada e contra o aborto.
“A existência de Blair não se diferenciava em nada de qualquer outros desastre arquitetónico. Alicerces pobremente construídos podiam fazer um edifício desmoronar-se” (pág. 185)
Embora todas as famílias das vítimas se recusem a dar a Frank o nome do arquiteto com quem estavam a trabalhar na altura dos crimes - reflexo de todas estarem por ele vinculadas a um acordo de confidencialidade - Frank consegue chegar a West Crosse como um dos mais presumíveis suspeitos, tanto mais que também ele pertencera à Fraternidade dos Ossos e da Caveira da Universidade de Yale.
O antigo patrão de Crosse numa firma de Manhattan, agora casado com a sua ex-mulher, acede a falar com Frank: “Se Clavenger chegara a perguntar-se por que razão Laire Jones tinha sido tão franco com ele, por que razão o trouxera tão depressa a sua casa para conhecer a mulher, então sabia-o agora. Jones gostava da ideia de Crosse poder ser um monstro. Queria que Lauren ouvisse que o ex-marido era suspeito de homicídios em série - provavelmente porque não tinha bem a certeza se ela alguma vez deixara de amar West” (pág. 204)
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