quinta-feira, setembro 30, 2021

Play, Anthony Marciano, 2019

 

Confesso ter escassa paciência para os filmes sobre adolescentes parvos e cheios de ilusões a quem a vida adulta dará frustrantes banhos de realidade. E, no entanto, também eu gostei de filmes assim, quando saía da adolescência e descobria, por exemplo, o «American Graffiti» de George Lucas. Mas convenhamos que, à distância, as nossas tolices parecem menos lerdas que as das gerações atuais. Mas isso são reações sexagenárias de quem teme ver os netos contaminados por tanta imbecilidade.

No filme de Anthony Marciano temos um protagonista, Max, a receber uma câmara de filmar no Natal de 1993. Doravante anda com ela sempre a jeito para filmar os colegas e amigos, os primeiros namoros e empregos até às deceções colhidas vinte cinco anos depois, quando decidira olhar em flash back para todas essas imagens.

A ideia não é nova e essa premência amadorística das sucessivas takes depressa perde o efeito de aparente originalidade, tornando-se enfadonha à medida que pressentimos a inevitabilidade para que tende. Fica a nostalgia dos anos 90, como a minha geração sentirá do PREC. E nisso se basta! 

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