segunda-feira, setembro 20, 2021

O jogo como procura de estruturas estéticas?

 

Num documentário sobre Bacon abordam-se os três anos por ele vividos em Monte Carlo nos anos 40 do século passado, quando o vício do jogo fazia-o passar as noites no casino, delas regressando totalmente depenado a casa, impondo-se então a rápida pintura de novos quadros que, logo vendidos, lhe continuassem a suportar o hábito. No que não aventei a esse propósito foi a tese de um dos seus estudiosos que viu nesse fascínio pelo jogo e seus acasos, a réplica da sua busca de estruturas coerentes dentro do caos para que o empurrava a criatividade estética.

Francamente não sei se essa proposta de leitura não padece do evidente exagero assumido por uns quantos especialistas. Pessoalmente os quadros de Bacon continuam a suscitar-me pouco mais do que indiferença...

 

Sem comentários: