A cruzada contra os cátaros é um acontecimento histórico, que tem interesse para o enquadrar dentro do fundamentalismo religioso da Idade Média, que fez dos católicos de então uns antecessores não menos cruéis relativamente aos jiadistas do Daesh dos nossos anos recentes. Quando muitos prosélitos do Deus católico ou protestante se insurgem contra as malfeitorias dos discípulos mais radicais de Alá, não querem lembrar-se que os seus antecessores queimavam hereges nas fogueiras da Inquisição.
Algo folclóricas continuam a ser as teorias da conspiração, que acreditam na existência de prodigioso tesouro salvo do castelo de Montségur antes da sua tomada pelos sitiantes e no qual estaria o famoso cálice sagrado, o Graal. Que o mítico espólio continue a alimentar as conjeturas mais esdrúxulas só confirma haver gente para tudo, até mesmo para acreditar na platitude da Terra ou nos malefícios das vacinas. E que, decerto, não por acaso, acabam por se associar às direitas mais extremas...
Sem comentários:
Enviar um comentário