A evidência já era conhecida desde que, em 1829, os arqueólogos encontraram a sepultura de uma mulher viking, que se fazia acompanhar da panóplia de armas comummente associadas às dos guerreiros. Ficava demonstrada que, há mil anos, na Escandinávia, as mulheres não se limitavam a cuidar dos filhos e das terras, enquanto os homens partiam nas suas razias pelas costas do Mar do Norte ou do Báltico. Eram elas próprias guerreiras e chefes militares.
As Guerreiras Vikings, documentário de 2019 assinado por Sebastian Peiter e David Bartlett, alterna os testemunhos dos especialistas com a história ficcional de Signe, uma jovem a quem mataram o pai e passa, doravante, a tornar-se hábil no manuseio da espada para o conseguir vingar. Embora se desconheça a verdadeira história da mulher encontrada em Birka, sugere-se qual poderia ter sido o seu percurso até tornar-se numa chefe viking merecedora de tão significativa homenagem. E, se ainda fosse preciso demonstrar, aí está mais um exemplo de como a História humana foi fértil em momentos e civilizações onde, à mulher, não se reservou o papel secundário, que a nossa sociedade capitalista ocidental lhe quis atribuir...
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