terça-feira, maio 25, 2021

Lembrar um ausente, celebrar os persistentes

 

Hoje seria o 79º aniversário do José Mário Branco. Por isso ouvi-lhe a voz no programa matinal da Antena 2 onde houve quem dissesse demasiado cedo a sua definitiva partida há ano e meio. E, de facto, há pessoas que, mesmo à beira dos oitentas, ainda mostravam fulgor criativo para nos poderem ainda surpreender. E o José Mário era um desses casos...

Menos significado assume para mim o 45º aniversário do teatro do Grupo 4 na Praça de Espanha, quando aí lançou uma peça que deu, então, bastante brado: O Círculo de Giz Caucasiano. Provavelmente por andar embarcado, passou-me ao lado, mas, mesmo nas férias entre as ausências, as prioridades eram então para outros grupos cujas abordagens nos pareciam menos académicas que as assumidas por João Lourenço. As da Barraca, da Comuna, da Cornucópia, do Bando e outros grupos que tais. Até porque não víamos desfeita essa ideia sempre que nos sentávamos na plateia do barracão do lado nascente da Praça de Espanha: gostávamos dos textos, apreciávamos a competência da encenação e das interpretações mas ... não saímos de lá surpreendidos. E assim tem sido sempre, mesmo após o rebranding para Novo Teatro e a mudança para o lado contrário da praça. Mas, pelo esforço, pela persistência e pela coerência, a companhia está de parabéns...

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