Já tem dois anos o documentário «Austrália, a aventura dos primeiros homens», que Bentley Dean e Martin Butler realizaram para uma produtora desse mesmo país.
O ponto de partida é interessante: há 50 mil anos, bem antes de o Homo Sapiens chegar à América ou à Europa, alguns dos seus representantes alcançaram a Austrália, adaptando-se rapidamente às condições aí encontradas e prosperando.
Essa civilização, a mais antiga do mundo, não conheceu qualquer rutura até se ter verificado a colonização inglesa, estendendo-se por um período dez vezes mais prolongado do que a civilização egípcia na Antiguidade Clássica.
Os realizadores levam-nos aos sítios arqueológicos dispersos por todo o país, encontrando populações indígenas e arqueólogos especializados nessa longa História.
Foi por volta de 60 mil a.C., que um grupo obstinado de Homo Sapiens alcançou Sahuk, ou a Grande Austrália, uma terra virgem, cuja fauna, flora, desertos e glaciares lhes pareciam estranhos. Depressa criaram vias comerciais a percorrer o continente bem como inovações artísticas e técnicas a expandirem-se na mesma medida.
Nos primeiros 20 mil anos, os aborígenes conviviam com feras de grande porte, como era o caso do leão marsupial. Tais espécies desapareceram na sequência de uma profunda transformação climática, quando ocorreu a última glaciação.
Há 15 mil anos a água proveniente da fusão das calotes glaciares do Pólo sul cobriu 15% do continente australiano. A Nova Guiné e a Tasmânia ficaram separadas da atual Austrália. Tal isolamento teve repercussões significativas no regime alimentar, na língua e nas técnicas dos habitantes da Tasmânia.
Quando a ilha voltou a ligar-se ao continente a demografia explodiu e possibilitou um novo sistema de aquacultura...
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