Foi em 1998 que conhecemos Scarlett Johansson naquele que é o mais fordiano filme de Robert Redford: O Encantador de Cavalos.
Não que o grande mestre dos westerns tenha cultivado o melodrama como esteio dramático, mas a inspiração decorre dos grandes espaços do Montana por onde cirandam cavalos a cujos ouvidos um domador-curador, Tom Booker (o mesmo Redford na dupla função de ator-realizador), sopra palavras capazes de lhes aliviarem os traumas.
É na crença de ver a filha recuperada daquele que um acidente lhe provocara, levando-lhe uma perna e a melhor amiga, que Annie (Kristin Scott– Thomas) recorre a tal personagem numa intriga com todos os ingredientes para deixar confortados os corações mais piegas.
Há a oportunidade de rever o filme na ARTE ao início desta tarde. Como outra alternativa possível pode-se ver o Dossier Pelicano à hora do jantar no mesmo canal, para recordar como um certo cinema dito liberal pretendia manter-se vivo no outro lado do Atlântico apesar da geração Spielberg apostar no crescente consumo das pipocas.
Alan Pakula servia-se de um thriller de John Grisham para pôr a Julia Roberts a sofrer as passas do Algarve para escapar a uma tenebrosa conspiração destinada a impor uma nova maioria no Supremo Tribunal dos Estados Unidos, feito que Trump viria a conseguir com maior eficácia e ligeireza.
Denzel Washington servia de comparsa à que era então uma das mais bem pagas atrizes de Holywood, e o malogrado Sam Shepard depressa desaparecia de cena, levado pela explosão do seu carro.
Da última vez que revi o filme continuei a reagir com agrado ao seu fluxo narrativo...
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