Para esclarecerem as muitas dúvidas sobre os buracos negros, os astrofísicos recorrem aos radiotelescópios mais potentes, distribuídos por todo o planeta e a funcionarem em rede. Assim obtém a transcrição em imagens da matéria quente, que circunda os invisíveis buracos e parecem figuras demoníacas capazes de devorarem partes do nosso universo semelhantes a gigantescos aspiradores a sugarem as estrelas mais próximas. Imagem falsa, que não coincide com a realidade, porque eles já contém uma incomensurável quantidade de matéria submetida a uma intensa gravitação, e por isso incapaz de emitir luz ou outro tipo de informação sobre a sua existência.
Na Teoria da Relatividade Einstein já previa a existência de buracos negros ao reconhecer que a matéria é capaz de encurvar o espaço e o tempo, levando tudo à volta a agir de acordo com essa conformidade. Em certas condições abria-se uma fissura nesse tecido do espaço e do tempo, abaixo da qual as leis da Física deixavam de ser satisfeitas.
Defende-se a existência de quatro tipos de buracos negros: os minúsculos, os estelares (por resultaram da implosão de estrelas), os intermédios e os supermaciços. Um destes últimos , o Sagittarius A, está mesmo no centro da nossa galáxia e tem um diâmetro equivalente ao que separa a Terra do Sol.
Seria tentador enviar uma nave espacial nessa direção para melhor compreender o que sucederia quando nele penetrasse. Subsiste um problema incontornável no imediato: mesmo que viajasse à velocidade da luz essa nave levaria 26 mil anos a chegar ao objetivo. Teríamos então a possibilidade de ver um anel de fogo em torno do buraco negro, feito de matéria proveniente da galáxia, que assumiriam estranhos fenómenos óticos. Mergulhar-se-ia então na Singularidade...
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