terça-feira, fevereiro 28, 2023

As cambalhotas ideológicas de sentido contrário

 

Um documentário sobre Tarsila do Amaral mostra como a conceituada artista brasileira - porventura a mais importante do período modernista - evoluiu ideologicamente da família esclavagista em que nasceu, e lhe proporcionou educação esmerada na Europa, para o comunismo, com que passou a simpatizar a partir de 1931.

Alguém capaz de se libertar da sua condição de classe privilegiada para se colocar artisticamente ao serviço dos explorados, merece naturalmente o meu respeito. Ao contrário de um nerd, que por aí pontifica a irritar-nos com a sua voz heliolizada (como o RAP a tem caracterizado) a ambicionar a ascensão à liderança das direitas e que me põe a congeminar o que sobre isso pensaria o progenitor, tanto quanto se sabe, ativo comunista na capital do Baixo Alentejo. 

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