sexta-feira, dezembro 24, 2021

Ver mais longe graças a prodigioso feito de engenharia

 

Será imensa a expetativa sobre o  que o telescópio James Webb nos facultará daqui a seis meses, quando abrir o espelho de 6,5 metros, protegido por um escudo do tamanho de um campo de ténis, e passar a dar-nos o aspeto do distante universo tal qual nunca o vimos até agora.

Para quem cresceu a olhar para os céus enquanto lia os romances da coleção Argonauta, antes de apostar em ensaios científicos mais consistentes com a realidade cósmica - mesmo que com menos imaginação!, - será inevitável acompanhar atentamente os meses vindouros  para saber o que será revelado pelo telescópio, cem vezes mais potente do que o Hubble, a ser enviado amanhã para o espaço a partir da Guiana Francesa.

Se jamais cumprirei o sonho de ver a Terra de longe, tal qual a testemunharam Armstrong, Collins e Aldrin da órbita da Lua, sempre terei um vislumbre daquilo que saberão as minhas netas e todos os que delas recolherem herança genética, quando o James Webb concluir a missão de debitar os incomensuráveis dados científicos colhidos do seu contínuo labor. Quase por certo para se ver substituído por outro ainda capaz de mais se aproximar-se do momento do Big Bang. 

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