Foi por intermédio de Edgar Morin, que cheguei a The Rock, poema de T.S. Elliott para os coros da peça homónima, que assinou em 1934. Nele questiona:
“Onde está a sabedoria que perdemos no conhecimento?
Onde está o conhecimento que perdemos nas informações?“
E embora o filósofo francês desconfie da palavra «sabedoria» a frase ecoa em mim como proveitosa lição, que este dificílimo ano de 2021 está a propiciar. Porque passei anos e anos a acumular conhecimentos e informações das mais multifacetadas proveniências e temas para chegar à conclusão que o Principezinho de Saint-Exupéry nos confidenciara atempadamente: que o essencial é invisível aos olhos!
Desde 17 de junho, data de alforria da Elza do Hospital de Almada, tornaram-se outras as prioridades, mudaram de foco todas as atenções e concentraram-se no que mais importa. Os resultados têm sido exultantes e permitem concluir que, se não cura, o Amor ajuda a superar os medos e angústias inerentes à implacável doença. E essa é esquecida Sabedoria, que se sobrepõe a todos os conhecimentos e informações remetidos doravante para segundo plano.
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