sábado, outubro 24, 2020

(DIM) O Regresso dos Ursos, Simone Stripp e Jurgen Hansen, 2019

 


Este ano a pandemia frustrou-nos os planos de regresso a geografias de grata memória, e onde pretenderíamos reviver o quanto ali vivenciáramos. Nalguns deles talvez pudéssemos dar com um urso escondido atrás de alguma árvore tão frequentes eles voltam a tornar-se nalgumas dessas paisagens. De facto, segundo o documentário O Regresso dos Ursos, eles podem ser vistos dos Pirenéus à Europa de Leste, passando pelo Norte da Itália. Na Eslovénia, o país dos outros avós das nossas netas, eles são muitos e têm demonstrado a exequibilidade de uma convivência pacífica com os humanos. Apesar de se tratar de um dos maiores produtores europeus de mel e sabermos quanto os plantígrados se deliciam com tal ágape.

Estão criadas as condições para remeter definitivamente para o passado a tendência para serem caçados e exterminados sem qualquer contenção. Nos anos mais recentes a União Europeia tem-se mostrado ativa na reintegração dos ursos em áreas onde eles, em tempos, constituíam populações significativas, tendo em conta o seu importante papel na sua reflorestação, devolvendo-lhes as características perdidas com a utilização ineficiente dos solos entretanto empobrecidos.

Os pastores e criadores de rebanhos mostraram-se reticentes, mas vão-se rendendo à evidência de serem raros os ataques a pessoas por parte desses novos habitantes. Ademais imbuem-se dos conhecimentos seculares das populações romenas ou eslovacas, que se habituaram a conviver com a espécie sem percalços de maior.

Os cientistas, que acompanham a reintrodução dos animais em habitats há muito deles desconhecidos, procuram identificar as práticas a implementar para que o projeto tenha o merecido sucesso...

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