A corrupção está de boa saúde na nossa sociedade capitalista, estando-lhe no âmago dentro da lógica de tudo se vender e comprar, até mesmo a boa consciência dos que ocupam cargos de poder. No entanto, se vivêssemos num mundo sem corrupção, os cofres públicos estariam mais recheados, disporíamos de melhores meios para usufruirmos qualidade de vida e menos vícios quanto a estarmos sempre a construir prédios, rotundas, parques gimnodesportivos e autoestradas. E (quase) todos seríamos bem mais felizes!!!
A corrupção é uma espécie de areia na engrenagem, mesmo havendo quem coloque a questão de outra maneira: ela não será uma regra informal no seio da sociedade para regular as trocas entre ela e o Estado? Será ela aceitável, se não mesmo indispensável, para encarrilhar certas necessidades? Essa é a forma de pensar dos liberais, com mais ou menos Iniciativa, ou dos extremistas de direita com a boca cheia de fortes palavras contra ela, mas os mais gananciosos a servirem-se do pote, quando ele lhes cai no colo.
Todas as semanas surgem casos de corrupção por toda a União Europeia, causando prejuízos que se cifram em milhares de milhões de euros: 904 mil milhões de euros por ano segundo um estudo encomendado pelo grupo dos Verdes no Parlamento Europeu em 2018.
Essa verba seria suficiente para erradicar a malária, garantir a educação das crianças dos 45 países mais pobres, facilitar o acesso à agua potável e ao saneamento básico nos países em desenvolvimento e acabar com a fome por todo o planeta. E ainda sobrariam 520 mil milhões de euros para outras decisões úteis a toda a Humanidade.
Números eloquentes, que ninguém cuidou de contestar.
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