sexta-feira, junho 03, 2022

Os mitos sexistas de alguns historiadores

 

A sepultura de um importante chefe viking do século X a.C. acolhia afinal o esqueleto de uma mulher. As pinturas rupestres também terão tido o contributo de artistas femininas. Eis as conclusões, que a História está a recolher de estudos científicos avançados, que desmentem a conceção sexista sobre o papel das mulheres nas sociedades do passado e a denunciam como resultado dos preconceitos dos que se apressaram a olhar para os despojos arqueológicos pelo filtro da sua condição de género.

Afinal o papel das mulheres nas sociedades primitivas foi mais respeitado do que se julgava porque, se os caçadores traziam a tão desejada proteína animal, a maior percentagem dos alimentos então consumidos resultavam da sua atividade de coletoras.

Só com a Revolução do Neolítico, que implicou a sedentarização e a maior permanência das mulheres em casa é que a submissão aos homens começou a estabelecer-se ganhando particular relevância a partir da Revolução Industrial, quando tendeu a cristalizar-se. Darwin, por exemplo, via essa sujeição como resultado da evolução da espécie humana.

Numa altura em que a importância do papel social e económico das mulheres volta a equilibrar-se com o dos homens a História da Humanidade tem de ser reescrita para despojar-se das ideias falsas, que nela abundam.

Sem comentários: