A tolerância de acordo com uma reflexão de Claudio Magris: será esse o valor predominante do tal ocidente europeu, que se quis tornar bitola para com todas as demais geografias? Teria Voltaire razão quando defendia o direito dos que se lhe opunham em expressar-se, mesmo quando as opiniões tenderiam a ser-lhe frontalmente opostas?
Magris enuncia os limites dessa tolerância: deveríamos impedir uma turba de linchar Josef Mengele se acaso o tivesse tido ao alcance? Respeitaríamos os segregacionistas do Alabama, quando quiseram impedir os primeiros negros de estudarem nas suas universidades?
Existem limites nessa tolerância, mesmo que os jornais queiram neutralizar a dimensão das diferenças ao publicarem textos de opinião de quem pensa algo e o seu contrário e os edita lado-a-lado na mesma página.
Manifestamente nunca poderei respeitar as ideias fascistas e considero-as suficientemente execráveis para justificar a sua higiénica proibição. Intolerante me confesso sem culpabilizados estados de alma...
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