14 de novembro de 2022
Aprender, aprender sempre! O imperativo mais se consolida com descobertas inesperadas e merecedoras de maior atenção. Como foi hoje o caso da vida e obra da pintora indiana Amrita Sher-Gil, que teve vida curta, entre 1913 e 1941, e justifica que a comparem a Frida Kahlo. Pelas origens mestiçadas - nasceu dos amores de um aristocrata sikh com uma cantora de ópera húngara de origem judaica -, pela assumida bissexualidade e, sobretudo a partir da viagem que fez em 1937 por todo o subcontinente indiano, a preocupação em reproduzir na tela o esforçado quotidiano dos mais pobres numa «joia da coroa britânica» que, em breve, se pressentia vir a deixar de o ser. Porque foi, igualmente, inequívoca, a simpatia, que nutriu pelo ascendente Partido do Congresso e pelas ideias do seu líder, o Mahatma Gandhi.
Tendo nascido verdadeiramente em Budapeste e passado algum tempo em Itália e Paris, deixou-se influenciar quer pelas obras dos mestres italianos, quer principalmente pelas de Cézanne e Gauguin, daí resultando obras, que se definem como próximas do pós-impressionismo.
Acresce ainda o mistério em torno da sua morte precoce, ora explicada por uma peritonite resultante de um aborto, ora da violência assassina de um marido despeitado por se ver abundantemente traído. A mãe da pintora apostou fortemente nesta última hipótese, mas as premências da Segunda Guerra Mundial deixaram por aclarar um mistério, que se manteve até hoje.
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