sábado, agosto 20, 2022

A falsa objetividade da Inteligência Artificial

 

Quem toma decisões ao mais alto nível procura dotar-se dos melhores elementos para o ajudar nessa tarefa. Pode ser um consultor pago a valores abaixo do estipulado pelo mercado, mas capaz de causar um escândalo político mal gerido por quem o protagonizou, como sucedeu agora com Fernando Medina e Sérgio Figueiredo, que nunca deveriam ter cedido ao ulular da choldra mediática. Para alguns o futuro passa pela Inteligência Artificial, que se mostraria insuperável em objetividade, transparência e sageza. Por isso há quem preconize o seu uso intensivo para definir penas judiciais, selecionar recursos humanos e outras aplicações, que retire o preconceito das variáveis implicadas numa qualquer decisão.

O pior é existir à partida quem cria o modelo de algoritmos destinados a servir tais propósitos e esse programador, por mais bem intencionado que seja, não conseguir libertar-se das suas arreigadas intolerâncias. Resultado: onde a IA já é aplicada detetam-se erros grosseiros, que levam por exemplo a, nos Estados Unidos, inocentes serem presos por confusão com os retratos dos supostos suspeitos. Motivo para pôr em causa uma tecnologia afinal condicionada pelos efeitos das emoções, que se pretenderiam à partida removidas da equação.

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