quinta-feira, março 17, 2022

«Women make film», Mark Cousins (2018)

 

Ando a deixar-me conduzir por Tilda Swinton pelas laboriosas rotas escolhidas pelas muitas mulheres realizadoras da História do Cinema de acordo com o projeto de Mark Cousins, que tanto tem contribuído para olharmos a arte cinematográfica no que de melhor ela expressa.

Muito embora quase nunca lhes sejam dadas as mesmas condições, que aos homens para demonstrarem o talento, as realizadoras têm-nos proposto outras formas de olhar para as histórias, denotando uma abordagem alternativa quase sempre mais enriquecedora das que estamos habituados.

A proposta de Cousins também permite o reencontro com obras há muito vistas e cuja memória permanece incrustada no que de melhor herdámos das experiências passadas em salas de cinema. Por exemplo «O Quadro Negro», filme da iraniana Samira Makhmalbaf em 2020, que é dado como exemplo de um início original - numa estrada poeirenta um grupo de professores vai-se aproximando da câmara e carregando às costas a ferramenta de trabalho com que procurarão contrariar o analfabetismo nas aldeias curdas para que se dirigem. Trata-se de um desses momentos que deu vontade de regressar a esse universo muito peculiar, merecedor de mais do que uma única apreciação. 

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