1. E se um dia os cientistas encontrassem provas inequívocas da iminência de um terramoto com características tão devastadoras como as de 1755 e abrissem um vigoroso debate sobre o que fazerem em tais circunstâncias: avisarem a população para porem-se a salvo das zonas ribeirinhas onde existiriam possibilidades de enfrentarem um gigantesco tsunami ou calarem-se para evitar o pânico coletivo?
O Melhor dos Mundos, filme de Rita Nunes, que foi agora apresentado no Festival Indie, e terá estreia nacional no último trimestre do ano, levanta questões pertinentes para as quais não existirão boas respostas. O inevitável, quando acontece, comporta consequências incontornáveis só passíveis de serem minimizadas, quando delas se faz o balanço.
Cereja em cima do bolo: trata-se da longa-metragem em que Sara Barros Leitão faz a estreia cinematográfica. O que é, já em si, um acontecimento.
2. Numa das edições desta semana do Império dos Sentidos (na Antena 2) uma entrevistada lembrava Olga Prats dizendo-a “muito boa pessoa”.
Foi essa também a explicação dada por Ron Howard para justificar o documentário por ele produzido e realizado sobre Jim Henson, o criador dos Marretas e da Rua Sésamo. Também ele se incluiria no lote dos que mereceriam esse tipo de elogio.
Em altura de olharmos para os ecrãs e constatarmos quanto estão cheios do que Chico Buarque cantou de quem podemos conjeturar “filhos da outra”, saberá sempre bem revisitar quem deixou marcas de generosidade e simpatia à sua volta.
O filme passou agora no canal da Disney.
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