Tendo na memória o filme - divertido como quase sempre eram os seus! - que Agnès Varda sobre ela rodou nos finais dos anos oitenta, apresentando-a como musa romântica de uma inspiração prérafaelita, Jane Birkin deixou-se filmar pela filha Charlotte dois anos de se lhe lavrar o óbito.
O resultado mais do que desilude: é uma incessante, e desinteressante, conversa entre mãe e filha sem definição de outro objetivo, que não o da realizadora mostrar-se a si própria à procura de um passado de que restam as relíquias, mormente as do pai, na casa em breve musealizada e onde rodou a sequência mais longa.
Trinta anos depois do filme de Varda, a musa envelheceu e nada de novo do que dela sabíamos tinha a dizer...
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